Há muito que se falar dos
ásanas, as posturas do Yoga, a parte física, por assim dizer. Existe um vasto
material na internet com fotos, animações, nomes em sânscrito, efeitos,
contraindicações e assim por diante.
Antes de iniciarmos, um
pouco de sânscrito não prejudica ninguém! Além de ser bacana – conhecermos uma
língua morta, da mesma forma que o latim
– é interessante conhecermos o significado de algumas palavras.
Dessa
forma, ásana significa “postura”.
Então, é comum falarmos
(por exemplo) “Trikonásana” na aula... O que significa: “postura do triângulo”.
Do sânscrito: “Tri” = “Três”, “kona” = “Ângulo” e “Ásana” = “Postura”.
Outros exemplos bacanas:
- Ardha Chandrásana:
Ardha = Meia ; Chandra = Lua. Postura da meia-lua;
- Urdhva Mukha
Svanásana: Urdhva = para baixo ; Mukha = face ; Svana = cachoro. Postura do
cachorro olhando para baixo;
- Adho Mukha Svanásana:
Adho = para cima ; Mukha = face ; Svana = cachoro. Postura do cachorro olhando
para cima;
- Virabhadrásana: Vira
= herói. Virabhadra é um herói da mitologia Hindu, o qual nasceu dos cabelos de
Shiva. Postura do Herói (temos as variações I, II e III);
- Natarajásana: Nata
= bailarino ; Raj = Rei. Postura do rei dos bailarinos, Shiva.
- Ustrásana: Ustra
= Camelo. Postura do camelo.
- Janusirshsásana: Janu
= Joelho ; Sirsh = Cabeça. Postura de levar a cabeça no joelho.
- Matsyásana:
Matsya = Peixe. Postura do peixe.
- Surya Namaskar: Surya
= Sol ; Namaskar = Saudação. Saudação ao Sol (Sequência de movimentos, temos 3
variações – A, B e tradicional);
- Padmásana: Padma
= Lótus (flor). Postura do Lótus;
Os benefícios da prática
de ásanas são diversos, tanto no físico – para preparar o corpo e mantê-lo
saudável – quanto no energético – para que possamos estar alinhados,
confortáveis e com a energia circulando de maneira adequada pelos Nadis (canais
sutis pelos quais a energia – o PRANA – flui pelo nosso corpo).
Quanto mais praticarmos
ásanas, mais preparados estaremos para os estados mentais propícios para a
prática do Yoga, principalmente nos estados de Concentração e Meditação.
Métodos,
tipos de sequências e afins:
Existem diversas maneiras
de se praticar os ásanas.
As posturas podem promover
vários aspectos no corpo, dentre eles: esquentar, resfriar, ajudar na
circulação, na concentração e meditação, na recuperação de uma lesão, atuam
cura de diversas doenças (ou melhora das mesmas) como depressão, ansiedade,
insônia, aumento do desejo sexual, entre outras.
Podemos enfatizar as seguintes práticas ("estilos") de Yoga:
- Hatha Yoga:
prática que prioriza a permanência, o estado de quietude na postura;
- Ashtanga Yoga:
sequências fixas de ásanas, os quais são praticados fazendo-se cinco
respirações em cada postura;
- Vinyasa Yoga: um
misto das duas práticas acima;
- Iyengar Yoga: uma
prática que prima pelos ajustes perfeitos;
Além dessas, temos outros métodos que foram desenvolvidos ao longo do tempo, como é o caso da SATTVA Yoga, do Gustavo Ponce. A sua base é o Hatha, porém com uma sequência definida de posturas, respirações, kriyas, mudras e bandhas.
Nos livros do professor Hermógenes (Autoperfeição com
Hatha Yoga, Yoga para Nervosos) existem diversas sequências (de Hatha Yoga) já
prontas para praticarmos, e são específicas (ex.: sequência para aquietar a
mente, para fortalecer o joelho, e assim por diante). Existem também sequências
de acordo com a fase da vida (criança, adolescente, adulto, idoso) e também com
relação ao sexo (alguns ásanas são muito bacanas para as mulheres,
principalmente para a Menopausa, regulação hormonal em geral, menstruação etc).
Vale a pena conferir os livros desse grande exemplo.
Podemos dividir os Ásanas
em diversos “grupos”, por assim dizer:
- Posição do corpo:
- Em
pé
- Sentado
- Deitado
- Invertido
– Posição da coluna:
- Neutra
- Flexão
Lateral
- Flexão
para frente
- Flexão
para trás
- Rotação
– Ação sobre os músculos:
- Braços
- Pernas
- Abdômem
- Costas
- Pescoço
– Ação para Flexibilidade:
- Ombros
- Virilhas
e quadris
- Joelhos
Além dessa parte física, com a separação nos quatro grandes grupos acima, também podemos pensar no ásana como uma “postura” de nós próprios com relação aos acontecimentos e situações que a vida nos trás.
- Qual a postura que devo adotar para cada
acontecimento da vida?
- Como me comportar quando
as coisas não saem do jeito que eu imaginava?
- Qual minha reação
perante as coisas que não controlo?
- Quanto de tensão estou gerando (em meu corpo)
quando algo de fora está desconfortável?
Com a prática dos ásanas,
podemos extrapolar a prática no “tapetinho” para a vivência social, familiar e
assim por diante.
É interessante observar algumas correspondências: se quero encontrar uma solução para um
problema (que até então, não consigo visualizar), posso praticar torções, pois elas proporcionam
um olhar sob outro ângulo (“torcido”, não natural). Se tudo, em minha vida,
parece estar de ponta cabeça, errado, se estou insatisfeito com o meio em que
vivo, posso praticar invertidas.
Às vezes, observar o mundo de ponta cabeça (quando estamos em um ásana de
inversão) é o que pode nos trazer as respostas para questões que colocamos a
nós mesmos, naquele momento da vida.
Esses são exemplos de reflexões que a prática de ásanas pode proporcionar.
Agora, como dizem no
Ashtanga Yoga: 99% prática, 1% teoria.
Que a prática seja iniciada !!
Dúvidas, não deixem de
entrar em contato.
Namastê.
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