Vista da largada - Parque Ibirapuera
Desde que comecei os
treinos para a Maratona Internacional de São Paulo, ocorrida no último domingo
(09/04/17), data mais que especial, pois é aniversário da minha querida mãe, eu
já não consumia nada de origem animal há um ano e quatro meses, sendo que sou
vegetariano há mais de uma década.
Bem, quando comecei com a
questão dos treinos, eu já me sentia muito bem, e muitos me perguntavam como eu
conseguia fazer treinos de tantos quilômetros sem comer carne? Esse é,
certamente, um dos mitos mais interessantes – por assim dizer – que ouvimos por
aí.
A questão, apesar de ser
um mito (de fato, uma piada), não pode ser deixada de lado. Muitos param de
comer carne e, mesmo sem fazer exercícios intensos como treinos para Maratonas,
ficam doentes... Mas então, por que? Porque comem de forma errada: quantidades
erradas e alimentos escassos, o que ocasiona, por óbvio, falta de nutrientes no
organismo.
Para uma alimentação
correta, balanceada, faz-se necessário um acompanhamento com alguém que entende
do assunto. No meu caso, o que fiz para melhorar MUITO meu rendimento nos treinos,
e que certamente me fez conseguir atingir meu objetivo domingo passado, foi a
orientação certeira da nutricionista Gláucia Albertoni, que além de ter a
formação em Nutrição é Bioquímica é também vegana, like me.
As práticas de Yoga, por sua vez, me trouxeram diversos benefícios: fisicamente, preparei meus músculos e estruturas todas (principalmente ligamentos, tendões e articulações) através das posturas (ásanas) e, psicologicamente, fiz o preparo através de respirações, relaxamentos e meditação. Todo esse conjunto da prática é muito completo, o que me deixou muito confiante e preparados para todos os treinos e para a prova final em si.
Os treinos foram intensos,
três vezes na semana, numa planilha maluca de quilômetros a serem cumpridos,
para que o meu corpo fosse “levado” a um patamar que o deixasse preparado para
a prova final – os quarenta e dois intermináveis quilômetros. Os treinos,
somados à prática do Yoga e à disciplina alimentar, fizeram com que eu conseguisse realizar a prova
de maneira muito bacana: dizer que não teve sofrimento seria mentira de minha
parte, mas a diversão da corrida e os aprendizados que levamos para a vida toda
a partir de então, me fazem QUASE esquecer das dores ocasionadas pelo grande
esforço. Ao final, eu estava cansado e com dores, mas a resiliência, o
emocional, a maturidade, e muitos outros fatores, tornaram-me uma nova pessoa.
Seria, de certa forma,
impossível de se transcrever em palavras tudo que senti e aprendi com a
realização desse sonho, porém algumas coisas ficaram muito claras para mim:
- Nunca duvide de si mesmo
- Trace seus planos e os siga, NO MATTER WHAT
- Não de ouvidos à torcida, muitas vezes a torcida é contra você
- Cuide de seu corpo, sua saúde física e mental
- Cuide de sua alimentação, é imprescindível
- Sempre que possível, consuma alimentos orgânicos
- Descanse e tenha momentos de “fazer nada”
- Sua vitória depende apenas de você, a responsabilidade do sucesso é 100% sua
- Quando tiver vontade de parar ou desistir de seu sonho, não o faça
- E claro, pratique Yoga!
A alimentação saudável me permite viver livre das toxinas da carne, dos hormônios e antibióticos e todas as outras porcarias que são injetadas nos animais. Isso colabora não apenas para ter conquistado a marca dos 42 km, como também para seguir minha jornada em liberdade física, mental e espiritual, GOOD KARMA.
Respeito todas as formas
de viver (desde que não acarrete problema ao próximo), porém ouvir que “temos
que consumir carne...” é algo inaceitável. A informação está disponível a todos
e bastam alguns poucos estudos para se entender que isso é meramente fruto da
indústria e dos costumes.
Estamos aqui (na Terra)
para melhorarmos como seres, e isso implica – além de muitas coisas – em vivermos
de maneira harmoniosa com nós mesmos, com os animais, com a natureza.
Sigo a vida, com práticas
e treinos juntamente com minha alimentação livre de tudo que seja de origem
animal – e minha saúde vai muito bem, obrigado !
Eu (exausto) e a mama aniversariante!
Abraços, Namastê !
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