Para os que conhecem a Filosofia do Yoga, o título pode ter um impacto paradoxal. Isso porque o que se observa no mundo Corporativo atual, com o capitalismo elevado ao extremo e sem limites para a obtenção do máximo lucro, é o contrário do que os preceitos do Yoga nos são apresentados.
Vejamos a definição de cada um deles:
Yamas: são os preceitos voltados para a autodisciplina. É como se harmonizar com os demais seres. São eles:
- Ahimsâ:
Não violência;
- Satya:
Compromisso com a Verdade;
- Asteya:
Honestidade;
- Brahmacharya:
Castidade;
- Aparigraha:
Renúncia ao sentimento de posse.
Nyamas: são os princípios de autocontrole. Servem para o praticante se harmonizar com a Vida e com a realidade transcedental. Seguem:
- Saucha:
Pureza (física e mental);
- Samtosha:
Contentamento, bem estar;
- Tapas:
autosuperação, esforço sobre si mesmo;
- Svâdhyâya:
Autoestudo, observar-se;
- Îshvara-pranidhâna:
Devoção, entrega ao Senhor.
Dessa forma, agora que pudemos observar os preceitos éticos e morais da Filosofia descritos acima, podemos fazer uma avaliação (mesmo que breve e simplista) do mundo dos Negócios e comparar com o que estes princípios nos ensinam.
Atualmente, o estresse domina o trabalhador. Nas grandes cidades, o agravante do trânsito excessivo atrapalha ainda mais sua vida. Todas as condições que lhe são impostas são ricas em mantê-lo doente física e emocionalmente. Na maioria das vezes, não há tempo para a família, cuidados com si próprio (praticar um esporte ou algo que se goste) ou até uma viagem – esta, parece que sempre é protelada.
Assim, sem tempo para si e com o relógio sempre pressionando os prazos, o trabalhador nem sequer consegue pensar em algo como “Contentamento” (Samtosha). O que é algo triste e assustador.
Imagine, por apenas um instante, se para se fechar um contrato de Negócios, as empresas envolvidas levassem em conta os princípios éticos e morais do Yoga. Apenas considerando-se Satya (compromisso com a verdade) o planeta seria diferente. Não precisaríamos nem dos demais.
Com sabemos que o mundo não muda, quando nós próprios não mudamos, deixo aqui a proposta de fazermos um exercício: escolher um dos preceitos acima citados – obviamente os que mais se adequam ao tema aqui apresentado – e seguí-lo pelos próximos dias quando estivermos no trabalho. Observe qual o esforço necessário, quais os momentos de maior facilidade ou dificuldade para tal, quando há vontade de não o fazê-lo, enfim... Tente observar como você se sai nos próximos dias.
Se quiser compartilhar
suas experiências, fique à vontade!
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