Acabo de ver um vídeo chocante de
uma adolescente, estudante, espancando a outra “colega” de classe em meio a
todos os demais alunos - e professor - durante uma aula na escola. A maioria
dos que estavam em volta, se afastou. Alguns “filmaram” com o celular. Outros,
ainda, gritavam para que alguém separasse as duas e, também, chamavam pelo nome
da agressora e imploravam para que ela parasse.
Posto isso, sentimentos nada
agráveis chegaram e me fizeram recordar o que ainda tenho em mim. Indignação,
impotência, raiva...
Quando vejo situações como essa,
uma sequência se segue:
- indignação, pelo fato em si;
- impotência, porque não tenho
como controlar a situação e/ou as demais pessoas (no caso, a garota que
violentava a outra) – o que é uma grande pretensão que por vezes ocorre; e
- raiva, por sentir vontade de
que a agressora sofresse o mesmo (para “ver o que é bom”).
Houve muitos outros “estágios” nesse
torpor que a Mente me causou naqueles momentos alucinantes, mas esses foram os
principais.
Por Deus que estou no caminho do
Yoga há algum tempo. Isso, porque se não fossem os preceitos que sigo, eu teria
deixado com que esses sentimentos me fizessem “voltar às origens”, quando eu
era mais instintivo do que espiritualizado. Não que seja lá grandes coisas
(risos), mas gosto de pensar que “hoje é melhor que ontem”.
Através desse vídeo, que me fez
recordar as desagradáveis sensações citadas acima, pude identificar o que
senti, ou seja, o discernimento
ocorreu no momento certo. Ele foi o gatilho, o estopim para que o processo
fosse despertado.
Dessa forma, pude interiorizar e
me recordar do YAMA mais importante do Yoga: AHIMSA, ou “não violência”. Alguns ainda acrescentam que Ahimsa é a
“abstinência a agredir outros, inocência, não causar dor a qualquer criatura
por pensamento, expressão, escrita, em qualquer momento”.
Ahimsa não é apenas praticar a
não violência “simples” (ou óbvia), mas muito mais que isso, é ficar
extremamente chocado com situações como essas, que nos mostram irmãos em tanto
caos, com perdições violentas e escravizantes de si próprios. É simplesmente não
aceitar que isso possa existir. Ahimsa é sentir a tristeza profunda diante de
violência no geral, principalmente com jovens que, atormentados pela vida que
levam, perdem a grande oportunidade de viverem de forma simples e em paz, com
respeito a si próprios e ao próximo.
Que eu possa continuar com o
trabalho que o Yoga me permite, de interiorizar, buscar meu “lago interior” e
percebê-lo em paz, refletindo a verdadeira face da Fonte, da Vida, de Deus.
Namastê.
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