Vez
por outra, gosto de ouvir as músicas que eu usava nos meus primeiros “treinos”
de corrida, há alguns anos. A primeira delas, durava menos de três minutos e
meio – eu não chegava nem na metade da música correndo (tinha que alternar
entre corrida e caminhada).
Após
algumas semanas, eu consegui evoluir para uma música com duração em torno de
sete minutos – ah, que evolução deliciosa... Quando cheguei em 7 ou 8 minutos,
já não precisava alternar caminhada com corrida, portanto eu só corria (sem precisar
parar ou caminhar).
Hoje,
passados dois anos do início dos treinos, participo de provas com mais de uma
hora (10km ou mais) com certa tranquilidade e, importante destacar, tenho várias
playlists muito bacanas para ouvir
nos quilômetros a serem transpassados. Mas não me esqueço das primeiras músicas
!!
O
que percebo é que as pessoas buscam resultados rápidos para questões que, nem
sempre, são possíveis de serem tratadas em curto prazo. A cultura da pressa
ficou estabelecida e espalha-se por todos. Muitos perderam a perseverança, o foco
e a dedicação para conseguirem algo.
Exemplo
disso é a pessoa que tem determinada dor física por cinco anos e, quando inicia
as práticas de Yoga (muitas vezes, por indicação do próprio médico), quer ter
sua dor “curada” em poucas aulas. Outro clássico exemplo são pessoas que tomam
anabolizantes. Ou ainda aqueles que tomam drogas para obter a fuga da realidade
em que vivem, ou sentir o prazer imediato etc. A lista é longa, todos nós
podemos enumerar exemplos do tipo.
Um
dos fatores complicantes de se viver na cultura da pressa é que nosso corpo - e
até mesmo a própria vida - não funciona assim. Todo processo tem um tempo de início,
outro para crescimento, depois maturação, até chegar ao fim (afinal, tudo que é
material acaba).
Para
se atingir os objetivos traçados, deve haver preparação, perseverança,
reavaliação de conceitos, flexibilidade e tudo que possa contribuir para o
caminho a ser trilhado até o objetivo final.
Observam-se
tantas promessas de resultados rápidos: ganhos financeiros incríveis em jogos
de azar, investimentos promissores, além das famosas dietas e shakes milagrosos, entre outros. Mas
cuidado, a prudência e o discernimento precisam ser exercitados para que
decisões corretas sejam tomadas. Só assim o caminho até o resultado a ser
alcançado pode ser suave e harmônico.
O
que te move? Quais as ações que você faz diariamente para seguir seu caminho
que você mesmo traçou?
A
pior situação é para os que não têm objetivo(s) claros. Estes precisam de uma
reavaliação completa de si para traçar um plano, um caminho a seguir. Sem
objetivos, todos os dias são iguais, vive-se num passado (ruim) e num futuro
que não existe. Os anos passam e nada acontece. É ficar em constante aguardo da
tão esperada sexta-feira. É estar na corrida dos ratos, na roda-viva, sem fim.
Não
acredite em resultados rápidos. Esforce-se, dedique-se. O melhor caminho não é
o mais curto, mas também não precisa ser o mais árduo. Atente-se para a cultura
da pressa e não a siga. Lembre-se que a árvore mais forte é aquela com as
raízes mais profundas, e isso não se consegue de um dia para o outro.
Om
Shantih. Paz.
Namastê.
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