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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Desconstruir



Padrões mentais nocivos são aqueles pensamentos que sempre nos visitam, não saem, não nos deixam tranquilos. Lembranças negativas, traumas, pré-ocupações sem sentido...


Um exercício que tenho feito com dificuldade, dada minha natureza Pitta*, é Mauna, ou silêncio. Essa prática é fácil para uns, difícil para outros, quase ou praticamente impossível para alguns outros.
Para mim, digo que é uma dificuldade considerável, mas tenho passado por diversas situações que me proporcionam esse treino e agradeço imensamente as pessoas que me apresentam essas situações, aí vem a gratidão.


Praticar Yoga é assim: olhar pra si mesmo, auto-observação, autoconhecimento.
E aqui os Yamas & Niyamas ajudam bastante, principalmente SAMTOSHA ("aceitação", gratidão, contentamento), SATYA (veracidade), ISHVARA PRANIDHANA (entregar tudo aquilo que não posso controlar, ou seja, tudo!), TAPAS (autosuperação)...


Quantas vezes eu cair, e realizar os mesmos erros de sempre (padrões mentais, samskaras), levantarei e continuarei no caminho.


Namastê !


Luis Mauricio.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Custo Emocional

Foto realizada pela minha amada Thais


Você já refletiu sobre o custo emocional de suas reações?

Cada situação que chega até nós, traz um determinado sentimento. Qual será, depende de um contexto que no Yoga chama-se Samskaras ou, de forma muito resumida, padrão mental. Este, tem relação com toda nossa história de vida, inclusive anteriores a esta. Assim, a partir de tudo que já passamos, sentimos e vivemos, criamos padrões de comportamentos, que podem ser saudáveis ou nocivos. Os primeiros devem ser valorizados, enquanto estes precisam ser modificados.

E é exatamente aqui que fazemos a pergunta: qual o custo de minha reação para determinado sentimento (que vem a partir de uma situação gerada por mim ou por outrem)? Se esse custo é excessivo em relação a minha própria saúde, ele precisa ser trabalhado até desaparecer.

Exemplo prático: uma pessoa sente raiva toda vez que ela se coloca em determinada situação. Imaginemos que ela trabalha em uma empresa e, quando vai para uma reunião e é questionada de suas atribuições, fica nervosa e, depois, sente raiva do chefe e/ou dos colegas de trabalho. Após o expediente, para “compensar” o estresse sofrido, ingere bebida alcoólica todos os dias que isso acontece, e acredite, a situação é muito frequente! Dada a frequência das situações e do padrão de fuga (a bebida) que a pessoa encontrou, ir ao bar e “beber todas” tornou-se um hábito muito nocivo. Aqui, não vamos adentrar aos tristes desdobramentos desse exemplo/situação, mas vamos nos atentar ao fato em si.

Se o hábito torna a vida mais difícil, custosa e, por vezes, faz com que deixemos a rotina (trabalho, familia, amigos etc) para ficar com o hábito nocivo, entao está na hora de parar... Essa parada é o problema, pois quem se encontra nessa situação, geralmente não consegue parar por si só.

Mas voltando ao fato: sentir raiva. A “vinda” do sentimento é incontrolável, ele vem mesmo, acredite. O problema não é sentir raiva, mas sim o que faço após esse sentimento. Se fico em estado de descontrole, então começo a descontar no próximo e/ou no ambiente que me encontro, trazendo sofrimento a mim e a todos.

Portanto, o que preciso fazer é praticar a Equanimidade – estado neutro e equilibrado em que apenas observo o fluxo dos sentimentos e não me envolvo com eles, pois sei separar quem sou eu (que sinto) e quem é o ego (que reage). Dessa forma, praticar a Equanimidade é a chave de toda a questão.

Mas como? Sinto um monte de coisas e ainda tenho que ficar “calmo”? NÃO!! Ficar calmo não é a questão... Mas estar equânime! Estar nesse estado requer prática de observação: quem sente (“eu”) e quem reage (“ego”). São entidades diferentes...

Para que essa observação ocorra, a ferramenta que utilizamos é a Meditação. Essa prática, que é basicamente entrarmos em uma sintonia interna, requer hábito também, portanto todo dia, e nos permite ver quem sente e quem reage. A reação no momento do sentimento (principalmente quando ele é negativo) é quase sempre nociva, sendo que se apenas observamos o sentimento que chega, porém não reagimos na hora, o sentimento passa e depois temos tempo de reflexão. Essa é a chave de toda questão... Refletir, sentir, mas não reagir (no momento).

Não se preocupe se você medita e ainda “cai” nas tramas do ego com as reações nocivas. Se você observa as quedas, então está no caminho correto. O maior problema é errarmos e não sabermos que estamos errando. Quando a reação nociva acontece, mas observo o que aconteceu, então estou a um passo de não reagir mais. Assim, continuar praticando a observação (Meditação) é primordial.

Para todos aqueles que queiram aprender a meditar, entre em contato e saiba como a Meditação pode ajudar na mudança dos padrões mentais. Saiba mais em www.yogasorocaba.com.br

LOKAH SAMASTAH SUKHINO BHAVANTU
Que todos os Seres do Universo possam ser prósperos e felizes

Namastê,

Luis Mauricio.