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domingo, 11 de outubro de 2009

Asthanga - autotranscendência




Já sabemos que os Yamas, do Ashtanga de Patanjali, possui cinco "obrigações morais" que, de acordo com Georg Feuerstein, podem ser consideradas patrimônio de todas as grandes religiões:

- Ahimsa (não-violência);
- Satya (veracidade);
- Asteya (honestidade);
- Brahmacharya (castidade);
- Aparigraha (desapego);

Afirma-se que cada uma dessas cinco virtudes, quando plenamente dominada, dá a seu possuidor certos poderes paranormais (siddhi).

A perfeição da não-violência, por exemplo, cria ao redor dos yoguins uma aura de paz que neutraliza, na presença deles, todos os sentimentos de inimizade e até mesmo de a hostilidade natural que existe entre certas espécies de animais, como o gato e o rato ou, como preferem dizer os comentários de Yoga, a serpente e o mangusto.

Com a perfeita veracidade, os yoguins adquirem o poder de fazer com que suas palavras sempre se realizem.

A perfeição da virtude do não-roubar (honestidade) faz com que obtenham, sem esforço, tesouros de todo tipo, ao passo que o não-cobiçar (desapego) é a chave para o conhecimento do nascimento atual e dos nascimentos anteriores, provavelmente porque o apego ao corpo-mente é uma forma de cobiça ao passo que o não-cobiçar implica um alto grau de desapego em relação às coisas materiais - o corpo inclusive - o que faz vir à tona as lembranças esquecidas a cerca das existências anteriores.

Por fim, quando os yoguins firmam-se na virtude da castidade, adquirem grande vigor. Todos os textos de Yoga concordam em que a abstinência sexual não faz do yoguin um fraco. Muito pelo contrário, fortalece-lhe o corpo e torna-o especialmente atraente para o sexo oposto - fato que, como alguns yoguins descobriram, pode ser uma benção ou uma maldição.

Boas práticas !

Namastê,

Luis Mauricio.

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